Vida utopiana: o que é vida utopiana?
(Mensagem recebida)
Claro que sim, meu caro, claro que sim, claro, desde que a
Humanidade pôs o pé na Lua, uma nova civilização começou, seja, a Terra deixou
de ser um palco, adiante: começou uma civilização planetária. Também por isso,
veja só, logo que eu soube que a Chantal Mouffe iria estar em Portugal (não sabe quem é a Chantal Mouffe, e eu surpreendida!), liguei o meu
gps e vai de pesquisar (aqui) para saber o que o pensamento dela terá evoluído
desde 1985. Tem presente, meu adorado admirador, tem presente que a antena 1 e
eu somos unha com carne, sabe pois não sabe, claro que sabe. Então quem é que (um dia destes) eu ouvi perorar (e divagar) sobre vida utopiana num evento (evento uma treta, acontecimento isso sim), digo, num
festival-acontecimento (Fólio) em Óbidos? Nem mais nem menos que o nosso
Presidente da República... Santo Deus, acenderam-se-me os faróis dos meus olhos grandes e
desatei a correr atrás do meu atiradiço pensamento. Dizia ele: em Portugal está a
decorrer uma revolução silenciosa. E eu: qual revolução? E ele: a revolução das startups é vida utopiana, a utopia é necessária, precisamos de utopias. E eu: o que é vida utopiana? Ele embatucou. E, óbvio, a
pergunta sobrou para mim, sempre para mim, vida, só para mim, que se há-de fazer. Lembrei-me
de si, meu caro pesquisador da minha beleza sem limites, e decidi responder à pergunta. Vamos lá devagarinho como convém.
Primeiro, não se esqueça que o sentido da vida não está predeterminado: nem
princípio coperniciano e nem princípio antrópico. Segundo, fixe que o sentido
da vida é o sentido que nós de lhe damos. Terceiro, pense que os ingredientes ao
nosso dispor para dar sentido à vida são dois: trabalho e amor. Quarto, registe que
estes dois ingredientes devem ser enriquecidos com: desenvolver os nossos talentos
inatos e melhorar o mundo à nossa volta. Alto aí, meu admirador de todos os
dias, está a tentar dizer-me que a minha presença, vibrante e viva e inteligente, assume na sua
vida mais ou menos rotineira, a forma e o contorno exactos da vida utopiana no seu milagre
de expressão? Olha a novidade, como seu, digo, como se eu o não soubesse!
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