Uma santa do nosso tempo
A
gente lê e fica ciente: mais uma santa do nosso tempo. A gente lê, com mais atenção, e surpreende-se: foram necessários dois milagres para que a Madre Teresa pudesse ser
canonizada. Milagres no tempo que corre?! Tema polémico, sem dúvida; mas quem procura, encontra. Pondere-se:
“(…)
Face au flot de pretendus miracles soumis
à son jugement, l´Eglise actuelle est plus que jamais plus reticente: on
comprend sans peine qu´elle hesite à engager son autorité sur des dossiers
exposés à un démenti trop prévisible. Ainsi, un ouvrage récent, émanant de la très
catholique Société française d´études mariales, récense deux cents dix “apparitions
et prodiges attribués à la Vierge et non reconnus par l´Eglise” entre 1928 et
1971! Son attitude reste pourtant equivoque: en un temps où prévalent dês modeles
de sainteté “éthique”, deux miracles, au moins posthumes, sont encore requis
pour une canonisation. C´est dire que si l´Abbé Pierre et Mère Teresa sont un jour canonisés (la chose est três vraisemblable),
il faudra trouver dans leur vie, et plus problablement après la mort, au moins
deux manifestations surnaturelles qui, en verité, n´ajouterons pas grande chose
à leur gloire. L´Église relance ainsi elle-même une “chasse aux miracles” dont
elle est ensuite la première à denoncer les inévitables errements.” (…)
(La
Recherche 270 Novembre 1994 Volume 25)
Adenda
Um processo de canonização polémico?! Pois e depois...
Adenda
Um processo de canonização polémico?! Pois e depois...
(Mensagem
recebida)
Bem
me parecia, meu caro, bem me parecia. Adiante. Fui ler o “pois” e “depois”, e, céus, não seguro os dedos das minhas mãos maneirinhas, tenho mesmo que escrever. Vamos lá, aguente-se nas canetas
que o meu pensamento derruba montanhas. Assim. (1) Devemos fazer a apologia da
pobreza ou trabalhar para acabar com a pobreza’? (2) Quem apela à vivência da
experiência terrena do sofrimento é santo? (3) E se ele (ou ela) aceita a
pobreza e o sofrimento como componentes da existência e os suporta, tem mais santidade?
Meu caro, meu caro admirador de mim única, eu não acredito em santos fabricados, acredito em
seres que sucessivamente vivem a experiência do bem e do mal, do prazer e do
sofrimento, em busca de sabedoria e da perfeição. Não veneno, digo, não venero
santos, mas acredito em seres de Luz, que progrediram no caminho da perfeição e
a quem podemos pedir ajuda, para não nos perdermos no nosso caminho. O que é
importante? É isso o quer saber? Registe: é importante que a estrada seja
sempre guiada pela lei universal mais importante, o Amor. Afastamo-nos dela e
os resultados são catastróficos. O mesmo, meu caro estonteado com o meu saber e
a minha perspicácia, o mesmo se aplica aos senhores (e senhoras) da razão e da
ciência. Sempre que eles (e elas) renegaram essa lei fundamental e usaram o
conhecimento para o mal, o mundo caiu nas trevas. Olhe, leia e pondere: o mundo
não precisa de proclamações de santidade, mas precisa de gente boa,
trabalhadora e de bom coração e coragem. Adiante. A atarantada comunicação
social que fale dessa gente boa, já é mais que tempo. O seu olhar abriu-se para
a realidade? Milagre meu, meu caro, milagre meu, só pode ser, sou assim que se
há-de fazer, rimou, ups!
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