Um elogio à preguiça
(Mensagem recebida)
Olhe só, meu caro espantado com a minha perspicácia, olhe só a cara curiosa de uma preguiça linda. Adiante, envio-lhe esta imagem por três razões qual delas a mais importante. Mas não sem antes lhe dizer que a imagem é uma fotografia (o meu smartphone excedeu-se, vida) de uma preguiça que apareceu na janela do meu terraço de horizonte-água quando, ao acordar, suspirei: que linda preguiça a minha! Eu, quando a vi: ah!!! E ela: conheces A Barca dos Amantes? E eu: não!!! E ela: sim!... Vamos então, meu caro, às razões porque lhe envio a imagem. A primeira porque continuo a acreditar que os rostos falam. A segunda porque hoje me sinto linda e com preguiça à flor da pele e à proa de um sorriso. A terceira porque devo chamar-lhe atenção para um livro muito, muito útil e interessante, leia e pense e seja consequente. Já me esquecia, meu caro e preferido admirador: devo recordar-lhe que só a literatura dá a palavra aos animais (a palavra que eles não têm). Então, já entendi, pensa que a preguiça não apareceu na minha janela, que foi apenas um sonho meu. Claro que não foi! Ui se visse e sentisse e provasse o meu espreguiçar! Santo Deus, que há em mim que me faz tremer?
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