A neurociência e o olhar sobre si próprio
(Mensagem
recebida)
Acontece-me,
meu caro admirador de mim nos dias quentes e nos dias frios (e nos outros dias
também), acontece-me. Seja: ainda ando às voltas com a beleza (única) dos meus pés delicados
(sabia que comprei uns nanos (que maneirinhos são!) com pérolas coloridas?), adiante. Aí tem o livro que agora
espiolho sempre que tenho um tempinho. Porquê? Ora essa, porquê, então não se
percebe logo que “ du vrai, du beau, du
bien” tem tudo a ver comigo? Sou disso um exemplo vivo, adiante. Sei, vida minha, sei que tem alguma
dificuldade nestes temas, mas abro-lhe um postigo de leitura. Pense então que, para um qualquer organismo crescer saudável, é necessário ter em conta o papel (e a importância) de três
almas e não só de uma; três almas a que os antigos, no processo de desenvolvimento, davam um significado
bastante mais físico que espiritualista. Assim: a alma vegetativa (assegura as funções fisiológicas e metabólicas de
qualquer organismo vivo), base para os juízos estéticos; a alma animal (o
sistema de afectos, neuro-hormonal?), base para os juízos éticos; a alma
inteligente (o aparelho cognitivo dos seres humanos), base para os juízos
verdadeiros. Quanto estas três almas em mim coexistem! E, céus do Olimpo, os
meus juízos estéticos, moldados pelo afecto e pela inteligência, não têm rival, não têm mesmo. O divino mora em mim e é frágil: se cair, parte-se que nem vidrinho, Santo Deus,
não percebe? Sou assim, sou linda, em mim o mundo sensível é logo ideia sem reticências, que se há-de fazer! Vou-me ao livro, acudam, rosto meu palrador, já
estou ruborizada (tipo vitral rosácea) com os seus elogios belos, bons e verdadeiros à minha forma de
ser e de estar na vida. Sem falsa modéstia, meu caro, até que mereço; e sim, gosto sempre muito do alvorecer dos meus diálogos consigo. Ponto final, parágrafo.
Adenda
Ainda a propósito "Da leveza", sorria, meu caro. Gosto, céus, e gosto e gosto.
Adenda
Ainda a propósito "Da leveza", sorria, meu caro. Gosto, céus, e gosto e gosto.
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