Alô Provedor de Justiça, aqui planeta Terra
Há notícias que nos deixam embasbacados, quase sem fala. Esta notícia é uma
delas. Em síntese: numa aldeia portuguesa vive apenas uma pessoa; essa pessoa recebe comida (presume-se que no âmbito de prestação de serviços de apoio domiciliário prestados por pessoas) de uma certa entidade vocacionada para a intervenção social. Pasme-se, até agora a entrega de comida era feita por pessoas, a partir de agora a entrega de comida passará ser feita por um drone, Adiante... Que os drones possam vir a ser úteis no transporte de mercadorias,
marmitas e outros objectos em tempo de calamidade ou prestação de cuidados com carácter imediato, ninguém terá dúvidas. Que os drones sejam utilizados para substituir a intervenção social personalizada e continuada, não se entende. Que ainda se apregoe o feito como uma inovação a espalhar, ultrapassa o imaginável. O responsável pela entidade disse: "No âmbito da solidariedade social vemos o uso desta tecnologia como uma forma de poupar meios e recursos. É a tecnologia aos serviço das pessoas..."... Concluindo: utilizar um drone para apoiar uma pessoa que vive em isolamento não é inovação e nem é solidariedade social, é burrice ao cubo, é uma arroba (bem pesada) de indigência mental, é uma gritante falta de senso. Haja Deus! Alô Provedor de Justiça, aqui planeta Terra.
Comentários
Enviar um comentário