(Re)pensar a técnica
(Mensagem recebida)
Li, já li, meu caro admirador incondicional, claro que já
li a sua (salvo seja!), já li "A Sociedade da Ignorância", e olhe que li com atenção: primeiro, com os nervos à flor da pele porque pensei logo nos quatro pilares do descabelado capitalismo selvagem (terra, trabalho, capital, conhecimento); de seguida, pausadamente, fui revisitar Heidegger, Habermas e Marcuse à procura de bases conceptuais para uma compreensão global da técnica (sabe que aqueles filósofos desenvolveram uma crítica das funções da técnica nas sociedades capitalistas avançadas, sabe, pois não sabe?). Sugestão interessada: logo que tenha tempo pare por aqui ((trata-se de uma obra que é uma excelente base para compreender não só as técnicas quanto para medir a sua importância (e significado) na vida da "cidade")). Ressalvo: será bem melhor falar de técnicas que perorar à volta da técnica: as técnicas transmitem valores seja dos que as concebem seja dos que as usam (quer um exemplo, aí o tem: o telefone nunca foi concebido para as comunicações privadas). O que são as técnicas? São os nós das relações sociais, o busílis é que os valores (depois de incorporados nas técnicas) tornam-se, a maior parte das vezes, invisíveis... Se também a minha escrita é uma técnica? Então não! Olha a pergunta, óbvio que sim!
PS
Entretanto o meu olhar que nada via, abriu-se; e sim, a sabedoria pesa, confirmo, sei; adiante, acoite-se em mim, já na linha de horizonte do meu terraço horizonte-água ondula uma canção nas teclas de um piano...
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