Subir custa mais que descer: até na poesia popular (Alentejo)

Subi acima de uma árvori
para ver se te via
como não te vi
desci-a

Aditamento
Interessante a forma como esta "quadra de poesia popular" (na sua forma escrita) sobe com dificuldade no primeiro verso e desce (sem dificuldade) a partir do segundo verso. Percebe-se bem: no último verso os pés já estavam no chão. Como a componente de humor e de riso têm efeitos muito saudáveis, aqui fica mais uma deliciosa quadrinha popular do Alentejo:
Ê vi-te no tê jardim
andavas colhendo hortelã.
Ê cá gosto de ti
e tu, hã, hã, hã?

Adenda (post-it recebido)
É como lhe digo, gosto, gosto mesmo da poesia popular. Olhe só esta quadra, céus, leia só:
Perdi a minha caneta
lá prós lados da várzea.
Se lá fores e a vires
trázea.

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