Rede nacional é igual a rede pública? Claro que não!
Contactado pelo DN, o Ministério da Educação referiu que
"uma grande parte do país tem já uma resposta generalizada a todas as
crianças com 3 anos", mas há zonas "onde a universalidade chega aos 4
e outras escolas, poucas, onde apenas têm acesso os alunos de 5 anos". O
alargamento será gradual, "até ao fim da legislatura", frisa o
gabinete de Tiago Brandão Rodrigues, e é necessário "ter ainda presente
que a rede pública inclui também as Instituições Particulares de Segurança
Social e que há muitas destas instituições que respondem já às crianças de 4 e
5 anos". A mesma fonte diz, ainda, que "o trabalho de análise de
novos pedidos de inscrição na rede pública será feito tendo em conta o período
de inscrições agora iniciado".
Dando de barato que se trata de uma notícia mal informada e que informa mal (o que já nem é novidade, tal é a ignorância dos senhores e das senhoras jornalistas), ainda é surpresa ler "que a rede pública inclui também as Instituições Particulares de Segurança Social". (1) Talvez, com algum tempo. possa ser útil consultar o "Parecer do Conselho Nacional de Educação - 1994"; ou, melhor ainda, será parar aqui, e ler com muita atenção: "a)
Definir padrões de qualidade educativa, através da aplicação e desenvolvimento
de linhas de orientação curricular; b) Assegurar a tutela pedagógica do Ministério
da Educação sobre os estabelecimentos que integram a rede nacional de educação
pré-escolar, independentemente da sua natureza institucional; c)
Promover a expansão da oferta de educação pré-escolar, através da constituição
de uma rede nacional que assegure a plena cobertura do território e da
população entre os 3–5 anos até 2000–2001, nas suas componentes educativa e de
apoio à família. (2) Talvez, quem sabe, se aprenda a distinguir entre rede pública e rede nacional, por um lado; e talvez, quem sabe, por outro lado, haja consciência do fatídico incumprimento de metas (em educação): e sem se verem os responsáveis à vista desarmada. (3) Porém, tempo é já de olhar para a intervenção social e educativa na primeira infância (0 aos 5 anos) em contexto europeu e com um novo olhar, afrontando interesses (há muito instalados) através de medidas seguras e claras (e calendarizadas) de avaliação de qualidade: doa a quem doer. (4) Tudo o que de bom (e bem) se fizer no âmbito da intervenção social e educativa na primeira infância, só pecará por tardio e por nada mais.
Rede nacional é igual a rede pública? Claro que não!
Adenda
"Tem político que é cego"...
Adenda (comentário recebido)
Meu excelente amigo!... Desde a existência, e sobretudo depois da chegada a solo nacional, daquele afamado e fantástico robot de cozinha designado por "Bimby", nada me surpreende já! Apanha-se uma coisa ali, outra acolá, coloca-se tudo no texto e temos o resultado de mais uma notícia..., a técnica é a mesma.
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"Tem político que é cego"...
Adenda (comentário recebido)
Meu excelente amigo!... Desde a existência, e sobretudo depois da chegada a solo nacional, daquele afamado e fantástico robot de cozinha designado por "Bimby", nada me surpreende já! Apanha-se uma coisa ali, outra acolá, coloca-se tudo no texto e temos o resultado de mais uma notícia..., a técnica é a mesma.
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