Metafísica minha, céus!

(Postal recebido)
Bom dia, meu caro admirador da minha inteligência que todos os dias aumenta, espero que esteja bem. Estive em conversas de pé de orelha com os meus pais e deu-me (vida minha) para espreitar os seus escritos. Blá, blá, blá e bla´, zangas zangadas antigas atiçadas, uhm, não sei. Aquele mote, ui aquele mote que hoje lançou, é nem bonito, digo, é bem bonito. A minha casa e o meu terraço horizonte-água são um recanto (meu/seu/meu) que marca e prende e agarra..: não, não sei se é a minha energia ou se é a energia da própria casa. O meu terraço tem brisas suaves, ventos favoráveis catraem, digo, que atraem pássaros e abelhas (pássaros e abelhas, please!). Pois não, meu adorado admirador, ainda não lhe disse, imperdoável, cabeça a minha que não anda a girar bem, já nasceu um amor perfeito. Sim, daqueles que me ofereceu, se me lembro, então não, obviamente que sim, nunca esquecerei. A verbena é que não vingou, não a devo ter colocado no vaso certo, às tantas precisa de uma festa com mãos de fada. Mas os amores perfeitos, roxos e aveludados, lindos, já estão a dar o ar de sua alteza magistral, doação amorosa a sua! Já me esquecia (imagine só, vida, a sua atarantadice) de lhe dizer que encontrei, anexado a um texto que deu o nome à rotunda da asadinha, este poeminha, ora leia-o com cuidado: é seu, digo, foi escrito por si. Aí vai, desculpe, rabisquei-o num post-it, não fosse o original extraviar-se, confio pouco na sua organização atrapalhada... Como?! Disse que eu sou o seu amor perfeito?! Que sou eu que tenho os "Olhos de Deus"? Os meus olhos grandes são os olhos de Deus?! Vida! Sol a nascer! Estou sem fala, acudam, não sei falar em língua gestual, tu queres ver que fui eu que escrevi o poeminha e não me lembro?! Metafísica minha, céus! 

Vivi
certamente algures
uma vida de alegria contigo

Evoco
fluidos amorosos
únicos amadurecidos contigo

…/…
vou esperar e não duvido e vai acontecer
é o que tenho de fazer para não te perder

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