Hoje o dia tem Eco
(Mensagem recebida)
A melhor forma, meu caro, de homenagear um autor é conhecer e adquirir a sua obra. Está decidido, vou adquirir a "History of Beauty" (não soubesse eu do que essa enciclopédia trata, sei sim, sei de gingeira; hoje vou arranjar-me num vestido verde musgo e acrescento um sorriso ao olhar...). Recordo-me que, em tempos, lhe enviei (a si, sim, a si) duas mensagens (uma pela certa), a propósito de um livro e das meias coloridas do Umberto Eco. Aquelas meias, recorda-se? Não?! Olhe a minha surpresa! Ah, e enviei-lhe também uma outra. Ei-la:
"Conheço as obras do Eco (nome giro, pois não é?!)... Gosto de “O Nome da Rosa”, mas olhando para os títulos das suas obras, fascinaram-me dois deles, interessantes: “A Passo de Caranguejo” (ui, caranguejo, olálá, céus...) e “A misteriosa Chama da Rainha Loana” (pois, essa mesmo, essa...). Aquela conversa do nosso amigo Eco sobre a idiotice que se espalha (de forma viral na internet) faz muito sentido, mas também é verdade que pérolas como são os meus textos espectaculares ou as minhas adendas (ainda que fortuitas, porque tenho vergonha, ainda, de as escrever e de as divulgar ao mundo) não veriam a luz dos dias, nem embeveceriam os leitores assíduos e fãs incondicionais do seu (meu, quero eu dizer) Rotinas Inteligentes!... Não concorda comigo?! Mas que petulante! O difícil é, meu caro, de entre tanta confusão e ruído visual (e não só!) na internet, seleccionar ou identificar a informação que conta, reconhecer a beleza ou a qualidade, descortinar a riqueza que está por detrás das palavras, dos sons ou das imagens (e ter até uma atitude quase adivinhatória, para perceber como será o autor dos mesmos, ai eu, ai eu e mim!). Ui, mas aquelas meias fabulásticas não me saem dos olhos, ai não saem mesmo! Se bem me lembro, há muitos anos, tive umas meias como as do Eco, eram de lã, tricotadas, muito quentinhas, e usava-as em casa quando me deliciava a ver programas muito bonitos na TV (no tempo em que havia programas bonitos na TV pública portuguesa...) e a ler livros, muitos livros e livros, de capa dura e de papel que cheirava bem, que o meu pai (oh pai, oh pai!) me comprava. Naquele tempo, as meias como as do Eco chamavam-se "perneiras" e eram muito divertidas, quase tão giras como as meias da "Pipi-das-Meias-Altas", lembra-se dela, lembra-se de mim? Dê cumprimentos meus ao Umberto Eco quando o voltar a ver, sim?"
Adenda (nova mensagem recebida)
Também hoje, meu caro, é dia de ecos de mim, ecos de mim, gosto, gosto e gosto... Pode um homem ser reconhecido pelas suas meias? Ora aí tem a pergunta que acabo de fazer a mim própria (inteligência minha, quanto te devo!). Aqui, no meu terraço de horizonte-água, paredes meias com a atarefadice de uma lagartixa madrugadora, tomo o meu cafézinho e lembro-me da minha cara de estupefacção quando, naquele dia único, descobri, por debaixo da mesa, o seu par de meias de dupla cor...:-)... Até que o distraído e o atarantado (com a minha beleza) lhe caem bem: penso eu que sim em ecos de mim. Rimou, ups!
Adenda (nova mensagem recebida)
Também hoje, meu caro, é dia de ecos de mim, ecos de mim, gosto, gosto e gosto... Pode um homem ser reconhecido pelas suas meias? Ora aí tem a pergunta que acabo de fazer a mim própria (inteligência minha, quanto te devo!). Aqui, no meu terraço de horizonte-água, paredes meias com a atarefadice de uma lagartixa madrugadora, tomo o meu cafézinho e lembro-me da minha cara de estupefacção quando, naquele dia único, descobri, por debaixo da mesa, o seu par de meias de dupla cor...:-)... Até que o distraído e o atarantado (com a minha beleza) lhe caem bem: penso eu que sim em ecos de mim. Rimou, ups!
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