Zygmunt Bauman: amor líquido, segurança e liberdade


Não há dúvida. Não há mesmo dúvida que é importante conhecer o pensamento de Zygmunt Bauman neste atribulado (e único na história da Humanidade) primeiro quartel do século XXI... Começar pela aproximação ao conceito de "amor líquido" até que não seria má ideia... Mas talvez seja importante ouvir agora Zygmunt Bauman equacionar os valores da segurança e da liberdade. Se assim é, se é como ele pensa? Sim e não. Sim. A segurança e a liberdade são dois valores fundamentais para a vida e para a qualidade de vida dos seres humanos. Não. Parece não poder haver uma fórmula de ouro para determinar o ponto de equilíbrio entre segurança e liberdade. Pensemos. A segurança e a liberdade são dois valores fundamentais; mas são valores em que o ponto de equilíbrio depende da flexibilidade individual e colectiva. Uma metáfora pode ajudar melhor a entender o sim e o não. Seja então. Para poderem andar, os seres humanos precisam dos dois pés (um/segurança e outro/liberdade): a segurança e a liberdade conjugam-se para andar (a segurança atrás, a liberdade à frente - a liberdade atrás, a segurança à frente): assim se entende que o privilégio vá para o pé da segurança quando há mais riscos e se entende que o privilégio vá para o pé da liberdade quando há menos riscos... Os caminhos fazem-se a andar (segurança e liberdade e liberdade e segurança) mas há que ter (sempre e em qualquer circunstância) em conta o "amor líquido": este conceito de "amor líquido" representa a fragilidade dos laços humanos e a série de artimanhas que os seres humanos engendram para o substituir...

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