Desenho filosofal

Alguém disse um dia que “nascer é um deus a pregar uma partida à inteligência universal do nada”. Poderia ter sido o Fernando Pessoa. Ele tinha o condão do humor filosofal e era abençoado pelos deuses. Mas não sei se foi ele que disse. Sei que quando ele disse "sempre que falo hasteio a farsa da coisa conseguida” e "quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo", logo um inspirado artista se aventurou num desenho filosofal, na febre de dar senso à vida e numa rara combinação de elegância e talento. 

Adenda (mensagem recebida)
Já é tarde, meu caro, e já estou tontinha de sono. Mas fiquei boquiaberta com o desenho filosofal, o que eu me ri sozinha! É um génio, sem dúvida. Falo (perdão, sem segundas intenções) do Pessoa, claro. Oh, dá vontade de rir e faz-me lembrar como somos (os humanos e as fadas) quando nos dá para a brincadeira: um pouco de brejeirice sem ofender ninguém, olhe, dá saúde e..., faz crescer. Muito bom!... Ah, ocorreu-me agora que o desenho filosofal é o desenho de um político disfarçado de inteligente. Acertei? Não diga! Não me diga! Um político fala muito, só não sabe o que diz. E fala, fala, fala e, mesmo que queira ser sincero, não sabe o que fala. Muito bom!... E eu (ó céus) a levar para outras coisas, ai Jesus e Maria e José me desculpem.

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