A cidade e o cérebro: à noite há que remover o lixo

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(Mensagem recebida)
Não se surpreenda, meu caro, não se surpreenda com a imagem lhe envio. Acontece que dei por mim a matutar na vida de uma cidade (na estrutura, nas funções, no sentido individual e colectivo) enquanto deambulava (admirada mas linda como sempre, está-se mesmo a ver) pela interessante exposição "Carrilho da Graça: Lisboa". Mas, perguntei-me, afinal o que é uma cidade?... Também me revejo neste texto "Pode uma cidade ser revelada através de um arquitecto?". Adiante... Pensei e pensei e pensei. Zás, meu caro, fui de rompante ao meu baú de fotografias antigas da cidade de Lisboa e aí tem a fotografia que escolhi (ui, ui, ui "os cornos do auroque", Santo Deus!), uma imagem da recolha de lixo no primeiro quartel do século vinte... Porquê?! Ora essa, porquê?! Sabe bem que passo horas a fio à volta da estrutura, do funcionamento e do sentido individual e colectivo do cérebro... Matutei comigo: o cérebro está organizado como uma cidade (tem trabalhadores, os neurónios e as células gliais que cooperam para produzir e processar informação, tem escritórios e hubs e linhas de alta tensão e também produz resíduos...);  numa cidade a recolha do lixo é feita de noite, será que durante o sono há recolha do lixo no cérebro? Acertei. É durante o sono que o lixo é removido no cérebro. O que é que eu não sei? Curioso?! Ah, pois está! Amanhã lhe contarei um pouco mais...

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