Quando sinto, penso
Penso que as palavras são ideias
e oiço-as quando passam
passam como o nosso rio passa
Penso que as palavras são deuses
e oiço-os quando passam
passam como o nosso rio passa
…/…
mas também oiço o nosso amor quando passa
e porque é nosso e não do nosso rio que passa
Adenda (mensagem recebida)
Até que gosto deste seu poeminha, meu caro, gosto e gosto e gosto; podia
ser um poeminha meu, podia, pois podia, sabe bem que podia. Ouvir as palavras
(que são ideias e que são deuses) a passar como o nosso rio passa (tanto me
tarda o nosso rio), é um achado que eu tomo por divino. A propósito, sabe que
eu vivo sob a leve tutela de deuses descuidosos? Não sabe. Mas saiba que eu
quero gastar bem (e com verdade) as minhas vidas fadadas. Eu sei que gostaria de
escrever (outra vez) sobre mim, mas primeiro quer sentir-se mais seguro, eu sou
demasiado tudo, não é? Adiante que se faz tarde, já a brisa da manhã titila o
dia e já há começo do sol… Quando sinto, penso, viu, sou assim, que se há-de
fazer?
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