Estou a exagerar? Pensa mesmo? Olhe que não!


(Mensagem recebida)
Gostei, meu caro, gosto (melhor dito) de ler esta carta. Está bem escrita (com texto algo burocrático e difuso, enfim, hábito antigo arreigado) mas já fazia falta. Sabe-me a pouco, circunscrever os problemas não chega, mas louvo a iniciativa e vou aguardar com a serenidade possível a próxima carta. Mas porque nunca (e em qualquer circunstância) deixo por mãos alheias a minha opinião, gostaria de dizer duas coisas simples que (quiçá) possam ter (claro que têm, ora essa) interesse para os mais distraídos. A primeira, recordar que, em Abril pp, foi apresentado o ambicioso plano "Uma década para Portugal" que foi uma verdadeira pedrada no charco (mas atenção não chega ter um bom plano para ter um plano bom): foi um bom pontapé de saída para iniciar um processo eleitoral (aqui um aditamento actualizado). A segunda, dizer que aguardo na próxima carta (aparece na próxima semana, será?) um esclarecimento (claro e não redondo) sobre a privatização (em curso) do ensino público em Portugal (leia isto e diga-me se não tenho razão)... Estou a exagerar? Pensa mesmo? Olhe que não!

Adenda (nova mensagem recebida)
Acontece-me, meu caro, acontece-me, esqueci-me, seja: gostaria de deixar um mote para que, numa nova carta, se apresentem as novas medidas conducentes a uma muito boa gestão dos dinheiros públicos... Nem de propósito, irritação minha! Como é que um zaqueu emproado se dá ao luxo de perorar sobre a boa e a má gestão dos dinheiros públicos, depois das cacetadas que levou neste relatório? Santo Deus!

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