A solução está em saber saltar ao pé coxinho e à corda


(Mensagem recebida)
Tanto eu ainda me surpreendo. meu caro, sou assim, imagine só! Estava eu a ler, divertida, o livro do Jonah "Imagine: de onde vem a criatividade" editado pela "lua de papel", quando (ó céus, Santo Deus, franja minha) não consegui segurar o meu pensamento. O Jonah a falar-me do cérebro do Bob Dilan e das ondas alfa (condição azul) e eu a trautear o "Imagine" do John Lennon, pode lá ser! Adiante que não era disto que lhe queria falar. Mas imagine, imagine-me olhuda, cabelo apanhado, camisa solta levemente alteada, calças surradas com curvas suaves, ténis fabulásticos e aos saltinhos de contente, onde é que eu aprendi, onde, imagine. Não sabe, está visto: leio os seus pensamentos, sabe, pois não sabe? Mas conto-lhe um dia destes, devagarinho. Antes, porém, leia esta entrevista... Como eu entendo o que o Carlos Neto diz, ai se entendo. Será que ele descobriu a solução para o analfabetismo motor?! Será? No meu ponto de vista, a solução passa por aprender a saltar ao pé coxinho e saltar à corda...Ainda hoje lhe envio uma mensagem, quero saber porque é que ele só fala do analfabetismo motor entre os 3 e os 12 anos de idade (e então dos 0 aos 3 anos?)..., e só escola e escola e escola. Se eu sei saltar ao pé coxinho e à corda? Homessa, então não!

Adenda (nova mensagem recebida)
Gostei muito, meu caro, que sublinhasse as ondas alfa (quem me dera conseguir chegar à ondas beta, já estaria bem mais zen ou violeta, se quiser); e adorei que colocasse o vídeo do "Imagine", gosto, gosto, gosto… Gosto daquela sala branca, cheia de luz e gosto muito quando o casal está de costas, a chegar à casa branca (deve ter sido uma ironia, não acha, casa branca?) e ele põe o braço sobre os ombros dela, é muito terno e bonito, mostra aconchego e cumplicidade, é o meu sonho. Ontem andei vestida em jeito “casual day”; até fui trabalhar de ténis, ontem era um dia de "maratona laboral", os saltos não iam dar jeito, não podia haver nada que me incomodasse, tudo tinha de sair à primeira, não havia tempo para enganos…Vi a entrevista do Carlos Neto no Observador (reafirmo) e, quando a li, tive duas reacções: 1) este tipo anda a escutar as minhas conversas; creio que (nós, nós sim, nós, os dois) já tínhamos conversado sobre este assunto várias vezes e eu, a propósito da minha experiência, até lhe disse que as crianças de hoje eram verdadeiras totós e que nem os ténis sabiam atar: até lhe dei o exemplo de um miúdo que estendeu o pézinho à espera que eu ((sua criada (“balha-me” Deus, que me baralhei!)) lhe atasse os sapatos...; e disse-lhe que acabei sentada com ele, no meio de uma exposição, a ensiná-lo a dar um laço nos atacadores, para o “mister” da bola não gozar com ele; 2) acho que o meu caro admirador de mim, conhece o Carlos Neto: tenho a impressão de que me falou dele alguma vez e, quando li a entrevista, lembrei-me de tantas das nossas conversas vadias. Mas, meu caro, se quer a minha opinião, os grandes totós são os pais. Também já lhe disse isto várias vezes: os pais são os verdadeiros responsáveis pelo atavismo e pelo palermismo (e muita, e muita vaidade sem fundamento) que se vive em Portugal, crianças incluídas. O meu pai (oh pai, oh pai), toda a vida o ouvi dizer isto, sempre que vê uma dessas crianças, costuma dizer-me: olha, mais um tótó, foi com o meu pai que aprendi a designação: rico pai, que fez de mim uma fada-menina tudo menos tótó, isso nunca fui. Tenho dito. E tenho toda a razão quando chamo a atenção para as crianças dos 0 aos 3 anos: já reparou na quantidade de bebés obesos que andam nos carrinhos? Que contente estou por ter publicado a minha mensagem: faz pensar ((até às (e aos) mais broncos e atados mentais)). E eu, franja solta minha, estou lá por dentro, inteirinha e linda e única: fui e sou e serei sempre (para si e para todo o sempre) a única, a única, a única, ponto final! Gosto, gosto, gosto!

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