Ó pra ele!


(Mensagem recebida)
Vou, acontece-me, que hei-de eu fazer, meu caro... Vou participar (convidada do saber está bem de ver), noite a dentro e horas a fio, numa assembleia secreta de uns seus quantos neurónios reciclados, rebeldes e curiosos; imagine só o ponto único da agenda de trabalhos: efeitos a médio prazo de um emoticon... Falei (oh mania minha!) com o Michio Kaku, que se armou em importante (esta coisa de ele agora ser convidado para tudo o que é sítio tem que se lhe diga), e ele desatou (maniento patinador de uma figa, não perdes pela demora) a debitar que "no futuro, as pessoas irão interagir por meio de avatares holográficos e que isso vai mudar as relações humanas"...; e, "blá, blá, blá" e (quem lhe manda a ele tocar rabecão!) que o facebook é a fogueira do século XXI, à volta da qual os humanos se reúnem para conversar, à semelhança do que os nossos antepassados faziam depois de terem descoberto o fogo (franja minha, até me trouxe à colação "Os meninos do Huambo" que soletram as estrelas como letras...). Adiante que se faz tarde, mas ainda hei-de descobrir (ai descubro, descubro) como é que ele encontrou o meu facebook, adiante. Escolhi, meu caro - para iniciar (e provocar sorrisos gaiteiros) a minha desejada comunicação na assembleia dos seus neurónios adoradores de rap e mudança - as duas imagens que lhe envio, tente descobrir o porquê. Ui, que lerdinho me saiu! Pense um pouco. Amo o Sol, quero o Sol, gosto da luz (curvilínea e solta) entornada em mim, sobram-me olhos quando estou feliz, adoro e perco-me no 4 (recorda-se?)...; e, ó céus, seja curioso, admire aqui como o Sol se portou nos meus últimos cinco anos de vida (sabe que o 5 é o meu número da sorte neste ano de 2015, sabe, pois não sabe?). Não, não sabe?! Tudo bem, fique-se com esta: dizem que cérebro reage aos "emoticons" como reage a rostos reais, dizem...; ou seja, os "emoticons" são uma nova forma de linguagem que os seres humanos estão produzindo muito recentemente...; e, para a decifrar, está em construção um novo padrão de actividade cerebral... Se é disto tudo (e mais ainda) que eu vou falar na assembleia dos seus neurónios reciclados?! Então sim, óbvio! Só que ainda, meu caro dorminhoco, hei-de arranjar dois minutinhos para falar da tristeza do Sol (que reacção desvairada e sofrida e trauteada e inacabada) quando eu lhe pedi emprestado um cinco para viajar até a minha matutina estrela de origem; ai Sol, Sol, ai Solzinho, ai Solzinho, ciciei-lhe com cócegas e afagos, deixa-te de pieguices molhadas, claro que te levo comigo, podia lá eu ir sem ti, anda daí, vamos no meu cinco de estimação, onde a luz é feliz e se demora... Ó pra ele!

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