Enredos de inteligência, que lhe parece?


(Mensagem recebida)
Se tenho a certeza?! Então não, meu caro, claro que tenho!... Ando aqui às voltas com um parecer difícil de redigir (olhe só os movimentos ritmados do meu cérebro, tantas dobras e mais dobras, vida a minha, mais parece tecido de seda); até parece que emburrei e ainda não encontrei a solução, peço perdão aos burros, está bem de ver... Está surpreendido, quer saber qual a certeza que eu tenho, já percebi. Tenho a certeza de que tenho inteligências múltiplas e todas em alto grau, ora essa, sou sobredotada, linda e curvilínea de natureza. Genética, ambiente e experiência, que se há-de fazer, sou assim, vou continuar a ser assim. Adiante que agora tenho pouco tempo para conversas vadias. Deixo-lhe uma cópia de um artigo, datado de 25 de Abril de 1953, talvez (veja quem assina o artigo) entenda a razão de ser da minha certeza: já ouviu falar na molécula da vida? Hoje está a faltar-me um poeminha: mas, na falta dele, ofereço os meus sentimentos ao ilimite. Ah, pois, mas ainda lhe digo que me recuso a participar em debates sobre os testes QI para aqui e os testes QI para acolá. Os testes, meu caro, ignoram o aspecto poético do ser, a sua sensibilidade emocional, a sua cultura íntima, as suas inibições, os seus pudores. O Michel Imbert (para me provocar) dizia-me há tempos que "no debate natureza versus cultura, a natureza será mais importante quando se é rico e a cultura quando se é pobre". E se ele fosse dar uma volta ao bilhar grande, não seria bem melhor? Cá para mim, há todas as hipóteses de se ser um imbecil mesmo quando se tem pais ricos e cretinos... Quer, meu caro, um título interessante para esta minha mensagem, é isso que quer? Enredos de inteligência, que lhe parece?

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