"Ad astra": um sonho pedagógico não altruísta

Escuela Primaria y Parvulario en Claude Bernard ZAC / Atelier d’Architecture Brenac-González. Image © Sergio Grazia
(Mensagem recebida)
Não se admire, meu caro, não fique pasmado (!!!) a olhar para a imagem. Vou direitinha ao assunto. Depois de ontem ter ouvido o Francisco Mora falar em neuro arquitectura, perdi-me deambulando por aqui... Nem lhe digo e nem lhe conto o que me aconteceu. Não digo e nem conto, está dito. Gostei, gostei, gostei, interessante. Mas não dormi, nadinha, noite adentro. Imagine só! Preparava-me para um sonho retemperador (sou frágil de ser tão importante) quando desatei a pensar se haveria sonhos pedagógicos; e zás, insónias minhas para que vos quero... Disse que não contava e que não dizia (mas estando assim a modos que fula por não ter pregado olho) conto e digo, quero eu lá saber, é importante, conto e digo. Dei de caras com esta notícia e fui ouvir o vídeo em anexo (a partir do minuto 24...). Veja bem: é uma escola com um nome latino "Ad astra" - até às estrelas - (infere-se que a formação clássica estará presente); não tem página de internet nem ligações a redes sociais; não se organiza em classes; dá primazia aos gostos individuais dos alunos;  aposta na exploração do real pelos alunos, sendo estes orientados na sua aprendizagem... Vamos lá a ver se a gente se entende. Mas se aquele senhor rico sabe o que é melhor para os seus filhos e para os filhos dos seus empregados, porque é que não é altruísta apoiando projectos de escolas públicas para todos os alunos, ao invés de se mostrar um egoísta pretencioso de tigela cheia? O que é que eu faço, vá lá, diga algo que se grude em mim que nem vestido verde limo seco. Primeiro oiça e diga só depois: concordo com o Francisco Mora, deslumbro-me com a neuro arquitectura, encabresto-me com o Elon Musk e sou frágil de ser tão importante... Disse o quê, como disse, como? Terei ouvido bem?! Sou linda e única e altruísta?! Sou fascinante?!... Gosto!

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