Íntima voz? Vou sonorizar um "mind-map"!

(Mensagem recebida)

Escrever a partir desta imagem, meu caro, é deixar que o pensamento se organize sem direcção definida: é abrir as portas (e as janelas) a um "mind-map". Vou agora (de corridinha) ao encontro do Tony Buzan para refrescar a cabeça (o cérebro é um universo húmido que aquece em dias não, verdade?) e pesquisar e treinar e treinar... Adiante. Mas (ó céus) como é que posso sonorizar o desenho de um "mind-map"? Admirado? Pois não o esteja. Leia só o que acabei de escrever: "olho a imagem, sinto-me longe e perto, oiço uma íntima voz que me confunde, invade-me alguém em mim e desperto, desperto noutro ser que subtil em mim se infunde, narro-me e não me encontro, alguém em mim me rapta e em mim estou, sou o diverso ser de quem sou...". Íntima voz? Vou sonorizar um "mind-map"!

Adenda

Vai daí, que é como quem diz, vem daqui... Por causa desta imagem, onde até, meu caro, o seu nome eu consigo ler, tenho andado a segredar-me que tinha a sua graça um livrinho que contasse as minhas artes de caderninho argolado. Dentro dele (que gorduchinho lindo!) há de tudo (como sabe): poemas, pensamentos soltos, notícias recortadas, autógrafos, palavras cruzadas e charadas, rabiscos aos molhos, imagens com e sem cores, páginas dentadas, restos de cartão de visita, anúncios de jornal, anedotas, caras frescas, amores perfeitos, cheiro de alecrim, sorrisos gaguejados, uma estorninha palradeira, ansiedade e quando é que eu o vejo, e sei eu lá mais o quê... Qual o nome do livrinho? “Placas com História(s)”, talvez!

Adenda
Dei e voltas e voltas, meu caro, à procura de uma música para um "mind-map" em forma de livrinho argolado: histórias (e estórias) desenhadas com tempo, espaço, água salgada e pólen de flores da Primavera. O meu caderninho argolado é muito sensível e tímido, e (quem sabe!) talvez a música seja a única forma de ele revelar mais alguns outros segredos bem guardados. Aposto nesta música suave, que lhe parece?