Há notícias que deviam ser escalpelizadas...
Há notícias que deviam ser escalpelizadas!
Esta é uma
delas. Leia-se o primeiro parágrafo:
-“Vários menores do Lar Juvenil de Nossa Senhora de Fátima, em
Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, relataram terem sido fechados numa
arrecadação, algemados, pela directora técnica da instituição, detida na
terça-feira da semana passada, a única arguida deste processo iniciado em 2011.”
E esta é uma outra. Leia-se, também, o primeiro parágrafo:
-“O Lar Nossa Senhora de Fátima, em Reguengos de
Monsaraz, cuja directora técnica foi detida por suspeita dos crimes de abuso
sexual e maus-tratos, segundo avançou no sábado a agência Lusa, tem sido, desde
2013, uma das quatro instituições apoiadas pela Fundação Calouste Gulbenkian,
no âmbito de um programa cientificamente coordenado por Daniel Sampaio. Um dos
objectivos deste programa é “potenciar a capacidade de respostas e a
capacitação dos técnicos” dos lares de crianças e jovens seleccionados…”
Três notas e uma pergunta.
A primeira nota, a directora técnica foi detida neste mês de Abril de 2015 e era arguida num "processo iniciado em 2011".
A segunda nota, desde 2013 o funcionamento da instituição (Lar de Nossa Senhora de Fátima) era apoiada "pela Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito de um programa cientificamente coordenado...".
A terceira nota, a supervisão das equipas em trabalho social também permite uma reflexão (alargada) sobre as práticas e também facilita uma detecção precoce de problemas..., sobretudo quando se tem presente informação importante: deste tipo, a título de exemplo.
Uma pergunta - 2011, 2013, 2015 - a Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz, o Centro Distrital da Segurança Social, o Ministério Público e a Fundação Calouste Gulbenkian têm algo a dizer e a explicar? Ou não? A propósito, terá alguma destas instituições ouvido falar na "ciência da resiliência"?
Adenda (mensagem recebida)
Ainda eu estava, meu caro, a digerir a sua ideia de que há notícias que devem se escalpelizadas e, zás, cai-me esta notícia em cima da mesa... Admitamos que tudo já é possível, seja, ainda o relatório final não está pronto e já se conhecem as conclusões. Podia dizer que começaram o relatório pelas conclusões mas isso eu não digo. Vamos ao que interessa. Diz-se que "foram identificados erros no processo da criança e do seu irmão de quatro anos - vítimas de maus tratos pelo padrasto; mas, por outro lado, verificou que os técnicos da CPCJ seguiram os procedimentos a que estão obrigados"... Se assim é, das duas uma: ou falta identificar outra entidade responsável ou os procedimentos estão errados... E se os procedimentos estiverem errados (já ouviram falar nisto?), a culpa é do sistema, é isso? Deus me livre e guarde! Quando há falhas (pensem um pouco, por favor) e uma criança é negligenciada, mal tratada e morre, as falhas são sempre graves, oiçam o que pensam e o que dizem a Ximena D´Ávila e o Humberto Maturana..., e tenham juízo e tento na língua!
Adenda (24-04-2015)
Há alguma comunicação social que só aparece para se alimentar de desgraças..., mas neste caso talvez valha a pena. Talvez valha a pena. É preciso apurar responsabilidades, trata-se de crianças ao cuidado do Estado. E, a propósito, o senhor Provedor de Justiça não diz nada sobre o funcionamento do sistema de protecção de crianças e jovens em Portugal? Afinal qual é a entidade em Portugal a quem cabe a promoção dos direitos das crianças?
Adenda (27-04-2015)
Está à vista, alguém não regula bem, quem? Se estudassem boas ideias, quem sabe, tudo seria mais fácil...
Adenda (mensagem recebida)
Ainda eu estava, meu caro, a digerir a sua ideia de que há notícias que devem se escalpelizadas e, zás, cai-me esta notícia em cima da mesa... Admitamos que tudo já é possível, seja, ainda o relatório final não está pronto e já se conhecem as conclusões. Podia dizer que começaram o relatório pelas conclusões mas isso eu não digo. Vamos ao que interessa. Diz-se que "foram identificados erros no processo da criança e do seu irmão de quatro anos - vítimas de maus tratos pelo padrasto; mas, por outro lado, verificou que os técnicos da CPCJ seguiram os procedimentos a que estão obrigados"... Se assim é, das duas uma: ou falta identificar outra entidade responsável ou os procedimentos estão errados... E se os procedimentos estiverem errados (já ouviram falar nisto?), a culpa é do sistema, é isso? Deus me livre e guarde! Quando há falhas (pensem um pouco, por favor) e uma criança é negligenciada, mal tratada e morre, as falhas são sempre graves, oiçam o que pensam e o que dizem a Ximena D´Ávila e o Humberto Maturana..., e tenham juízo e tento na língua!
Adenda (24-04-2015)
Há alguma comunicação social que só aparece para se alimentar de desgraças..., mas neste caso talvez valha a pena. Talvez valha a pena. É preciso apurar responsabilidades, trata-se de crianças ao cuidado do Estado. E, a propósito, o senhor Provedor de Justiça não diz nada sobre o funcionamento do sistema de protecção de crianças e jovens em Portugal? Afinal qual é a entidade em Portugal a quem cabe a promoção dos direitos das crianças?
Adenda (27-04-2015)
Está à vista, alguém não regula bem, quem? Se estudassem boas ideias, quem sabe, tudo seria mais fácil...
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