A luz não é para guardar debaixo do alqueire

Flor de Lótus
Mensagem recebida
Sei nada (ou quase tudo, depende do ponto de vista) de informática, meu caro, e não sei o que é a bolinha verde de que me falou, mas que o verde é a cor (a principal) das minhas cores preferidas, lá isso é. As cores estão sempre presentes, sempre e em todo o lado, um pouco como o ar que respiramos, e têm múltiplas funções: desde que os nossos olhos se abram, elas tornam a nossa vida mais agradável. Quando queremos experimentar momentos únicos, meu caro admirador de mim, cada cor corresponde a um desejo preciso e precisado (ui quanto o meu curvilíneo vestido verde seco urde efeitos tórridos!); mas, para além dos aspectos puramente formais e estéticos, as cores transportam-nos para fora de nós mesmos, elas são o bem misterioso, acidulado e bom, das coisas. Nem são verdadeiramente matéria e nem puramente espírito; participam dos dois mundos. Sensíveis no nosso mundo quotidiano, evocam um infinito não descortinável, testemunham uma outra realidade, nem mensurável e nem definível. É com elas que a luz nos fala de si própria em todos os múltiplos sentidos de luz, tanto a luz da física como a luz da consciência ou a luz do espírito. As cores nascem na luz, como os seres que gostam do verde e que têm uma tendência natural para uma aproximação à verde elegância altiva da natureza... Sabe, por exemplo, que uma aproximação à estonteante cor verde, em ligeiro tom acastanhado, combina com a alma, (provo-lhe facilmente, pois sim, recorda-se da minha saia canelada castanho-terra, pois não recorda, oh se se lembra!)... As cores e os seres que gostam de verde têm a mesma origem e sabem alumiar. Mas (oh céus) alguns desses seres (não sou eu, não sou eu) recusam-se a pensar e a escrever para a infância...; vá lá, não fique de trombas, mas que estou a falar de si, lá isso estou. A propósito, quando é que se demora em mim que sou flor de lótus: revelo-me na luz, vivo rodeada de verde, sou elegante, bela, perfeita, com graça e prometida ao mundo dos assombros. Quando é que se demora em mim e se convence que a luz não é para guardar debaixo do alqueire? Quando? Mas isso é uma outra história!

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