Política de combate à pobreza, qual quê, qual carapuça

Image result for Imagem: “Os mendigos”, c. 1568. Pieter Bruegel, “o velho” (1525-1569)
(Mensagem recebida)
Claro que sim, meu caro, claro que me irrito e claro que me passo dos carretos quando vejo injustiças... Estava eu a dar uma volta pelos circuitos da pobreza na Idade Média e no Renascimento (na imagem "Os mendigos" (1568) de Pieter Bruegel) e, sem mais nem quê, vida a minha, caí aqui e nos dias de hoje. Que raiva! Compare os sublinhados nos dois dois parágrafos que eu escolhi: vá lá, diga-me se não tenho o dever de me irritar com o que se passa neste Portugal tão fustigado por gentinha que não se enxerga nem um pouquinho... Claro que tenho. Devo, pois devo! Aí tem os dois parágrafos:
(...) O Estado paga, no máximo, 178,15 euros por titular de RSI; 89,07 por cada um dos outros adultos que existam no agregado; 53,44 por cada criança. Ora, um casal com duas crianças recebe no máximo 374,1 euros de RSI. “Para o Governo é este o montante mensal necessário e suficiente para uma família com esta composição satisfazer as suas necessidades básicas”, sublinha Cláudia Joaquim, lembrando que os critérios de acesso à prestação são apertados e a medida envolve assinatura de contrato de inserção social que implica todos os membros.
Já às instituições particulares de solidariedade social (IPSS), o Estado paga 2,5 euros por cada refeição fornecida pelas cantinas sociais. Conforme o protocolo, podem as refeições ser fornecidas até duas vezes por dia, sete dias por semana. Quer isto dizer, nas contas da economista, que uma IPSS pode receber até 600 euros por mês para fornecer almoço e jantar a um casal com dois filhos e ainda cobrar 1 euro por refeição.”
E o que eu vejo, o que é que vejo o que é que eu vejo perante este panorama? Vejo o maior partido da oposição aos ziguezages (ora digo eu ora diz tu, espera ai que agora digo eu) ...; oh pá, decidam-se, deshibernem, virem-se para o futuro, sejam claros e directos e sérios, digam o que querem e ao que vão, que tipo de sociedade querem para Portugal... E, mesmo sendo eu uma renomada génia política, ainda pasmo e temo o discurso simples (mas eficaz) dos partidos do governo, ainda que a sua propaganda colida frontalmente com a realidade nua, crua e dura: "o país deu a volta depois da bancarrota socialista, a tróika foi-se embora e o país está a crescer"... Não se entende que alguns políticos durmam na forma e não se atura que outros políticos mintam sem pingo de vergonha, descaradamente!... Oh vida, vida (até gaguejo), vida, vida a minha! Valha-me Deus, se Ele ainda tiver paciência para aturar tanta injustiça e tanta trapalhada. Política de combate à pobreza, qual quê, qual carapuça!

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