Causa é mais (muito mais) que Casa


Claro que sim... Claro que parece ser estranho colar as três capas de livros,  mas, de facto, assim o não é. Vejamos. Primeiro, leia-se aqui uma excelente recensão crítica ao livro "Pina Manique...". Depois, pondere-se neste artigo da autora do livro. Em seguida, importa perceber o aparecimento da Intendência Geral da Polícia em 1760; esta Intendência Geral da Polícia surgiu "num contexto de um novo modelo político, de tipo intendencial, que também se afirmava pela criação de novas instituições, como José Subtil tem vindo a sublinhar, com o objectivo de operacionalizar o novo ideário jurídico, político, social e cultural, assente em princípios de eficiência e racionalidade, e impor um novo paradigma governativo". Com atenção, registe-se: em 1780 foi instituída por Pina Manique (Intendente Geral da Polícia da Corte e do Reino) uma real "causa pia" (e não uma real casa pia): real causa pia, sim, uma outra face da intervenção nacional da Intendência Geral da Polícia...  Claro que sim... Claro que fazem sentido (coladas) as capas dos três livros (a evolução do conceito jurídico de causa pia carece ainda de mais estudos). já que fazer a história e a evolução da Casa Pia de Lisboa, desde 1780, sob uma nova perspectiva (consulte-se), fará muita diferença e causará muitas surpresas. Causa é mais (muito mais) que Casa. A título de curiosidade, com atenção, pondere-se e pondere-se (muito interessante um "edital" de Pina Manique, pp. 388 e 389, já que esse edital permite visualizar o funcionamento de uma "causa pia" real com estabelecimentos diversos...). Dúvidas?! Restam muito, muito poucas..., porque assim se pensava (e se determinava) no final do reinado de D. José (1º doc.) cujo "reinado foi caracterizado pela criação de instituições especialmente no campo económico e educativo, no sentido de adaptar o País às grandes transformações que se tinham operado..."..., bem como se percebe, no reinado da Rainha D. Maria I (2º doc.), a importância (e as modalidades punitivas e preventivas) de "tornar úteis ao Estado aquelles Individuos que lhe servem de pezo"...

Adenda
Valerá a pena reler..., mais que não seja porque o tema continua actual. Ponto.

Comentários

Mensagens populares