Venha daí, decida-se!

(Mensagem recebida)
Até que, meu caro, fiquei assim a modos que a matutar nessa sua ideia de associar o inesquecível (e sempre presente) Descartes ao impulso do desenvolvimento da medicina moderna... Rapinei das minhas memórias uma citação do Shakespeare no Mercador de Veneza, seja - "Diga-me onde mora o amor, no coração ou na cabeça?" - e vou de abalada para uma leitura interessada e aturada da história da medicina egípcia... Mas antes, que lhe parece se seu lhe disser que a história da medicina é inseparável da evolução e da encefalização do mamífero humano? Saiba que as crias deste dito ser humano nascem impreparadas para o mundo, isto é, nos humanos o cérebro continua a crescer com taxas próximas às fetais durante cerca de 1 ano: "um trunfo, meu caro, que a evolução proporcionou porque o desenvolvimento cerebral extra-uterino é muito mais rico em estímulos, o que permite uma "programação" francamente mais diversa e flexível que a só possível uterinamente". Porque é que vou reler a história da medicina egípcia?! Porque houve saberes antes do seu adorado Descartes, e porque os egípcios valorizavam o coração e o fígado em detrimento do cérebro, ora essa. Porque é que me lembrei da citação do Shakespeare? Por causa do filme que agora vou rever: filme onde o amor ora mora no coração ora mora no cérebro ora mora no coração ora mora no cérebro. Revejo-me, deliciada e de olhos bogalhados, nalgumas expressões das actrizes do filme, vida a minha, oh vida a minha, Santo Deus, Jesus, Maria, José! Venha daí, decida-se!

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