Lera, loth e mentalês


Mentalese8










 (Mensagem recebida)
Penso que não, meu caro, penso que não se explicou muito bem... Fui de carreirinha falar com a Lera e confirmei o que há muito em pensava: a linguagem é algo fundamental para a experiência dos seres humanos; e, óbvio, conhecer o papel da linguagem na construção da vida mental é mais um passo para desvelar a natureza humana. Está admirado?! Essa agora! Então ontem não me azucrinou a cabeça com a LOTH? Sim claro, meu caro, como entender, não disse loth, falou-me no mentalês, eu sei, eu sei. Igual, é igual... Adiante. o que está em causa, meu atarantado mental, é saber que a linguagem é tão fundamental para a experiência dos seres humanos que é difícil imaginar a vida sem ela; e, neste sentido, há uma pergunta que se impõe: são as diferentes línguas meras ferramentas para expressar o pensamento ou elas moldam o pensamento? Está baralhado?! Olha a novidade! Atente na imagem que lhe deixo, estude e apareça...

Adenda (nova mensagem recebida)
Perguntei, meu caro, ainda ontem (não tenho emenda), ao António Damásio, se havia pensamento consciente não verbal, se havia conhecimento sem palavras... Acabo de receber a resposta, e (ai, ai...) como me sinto feliz e palradora como uma estorninha inteligente e sábia... Aí tem a resposta do excelente Damásio, uma resposta que é uma delícia: "Neste momento, posso já afirmar que a forma mais simples sob a a qual o conhecimento sem palavras surge mentalmente é o sentir - o sentir do que acontece quando um organismo está envolvido no processamento de um objecto - e que só posteriormente podem começar a ocorrer inferências e interpretações relativamente a este sentimento de conhecer... Curiosamente a consciência começa como o sentir do que acontece quando vemos, ouvimos ou tocamos. Dito em palavras um pouco mais formais, é um sentimento que acompanha a produção de qualquer tipo de imagem: visual, auditiva, táctil ou visceral no interior dos nossos organismos vivos. Colocado num contexto apropriado, o sentimento designa essas imagens como nossas e permite-nos dizer, no verdadeiro sentido dessas palavras, que vemos, ouvimos ou tocamos. Os organismos que não estão preparados para gerar a consciência nuclear estão condenados a produzir imagens visuais, de som, ou de tacto, mas sempre sem nunca chegarem a saber que as produziram. Desde as suas mais humildes origens, que a consciência é conhecimento, o conhecimento é consciência, não menos interligados do que verdade e beleza estavam para Keats."

Comentários

Mensagens populares