Neurofilosofia da Mente

Neurophilosophie de l’esprit - Ces neurones qui voudraient expliquer le mental
É possível explicar o mental a partir do cérebro?! Onde é que está o problema, há quem diga e sem admitir dúvidas, não é a "mecânica" cerebral que cria a mente? Essa agora, ripostam outros e com as certezas à flor da pele, como é possível acreditar que a complexidade do espírito possa assentar apenas no funcionamento do cérebro? Pois sim, concorda (apaziguador) o autor do livro, todas as três perguntas são pertinentes...; e, para encontrar a resposta à pergunta inicial e responder às outras duas, nada melhor que à luz dos recentes dados experimentais sobre o funcionamento do cérebro: (1) tentar uma aproximação à consciência, lugar onde se abriga o subjectivo e instância fundamental do espírito; (2) arriscar uma viagem demorada pelo inconsciente, domínio onde se acoita o adquirido do nosso intelecto, da nossa vida cognitiva e da nossa vida afectiva; (3) desbravar, serenamente, o que nos ensinam a hipnose e a meditação sobre o funcionamento do cérebro... Neurofilosofia do Espírito (da Mente), pois claro que sim!

Adenda (mensagem recebida)
PAUL GAUGUIN: “¿De donde venimos? ¿Quienes somos? ¿A dónde vamos?” – oleo sobre lienzo, 139- 375 cm. - 1897, Boston, Museum of Fine Arts.
Pois sim, meu caro, esta foi a imagem que me veio à cabeça quando acabei de ler este textinho sobre a dita neurofilosofia do espírito... A imagem é de um óleo (acabado em 1897) de Paul Gauguin - "De onde vimos? Quem somos? Para onde vamos? - , óleo (que mostra as diferentes idades de vida) embrulhado numa boa dose de misticismo e enigma...; claro que as três perguntas surgem de imediato... Mas porque é que foi esta a imagem me veio à cabeça (eu disse veio à cabeça, olálá, oh pá, oh pá, oh pá...)...; adiante, já entendi, foi para eu poder falar da emergência da racionalidade. Tudo bem, um dia falarei com mais pormenores, agora vou ouvir mais uma vez o Vilayanur, para me concentrar... Sabe que eu até penso (ai o que eu dava, meu caro, para ver a sua cara à banda, quando me vê a filosofar) sobre o pensar, pensar sobre o pensar, vida a minha... Bom, o que está em causa (e eu defendo com unhas e dentes...) é que o racional pode ser um passadiço para o invisível... Já sei, já sei, acalme-se, quer um exemplo de como é possível ter acesso a segredos não revelados pelos sentidos. Vamos a isso. O exemplo da visão do remo na água (foi S. Agostinho o primeiro a dar este exemplo, recorde-se) ilustra bem como é possível ter acesso a um segredo não revelado pelos sentidos: o remo visto fora da água é direito e dentro de água é torcido. Claro que o sentido da vista não nos engana, claro que está mediatizado por um fenómeno físico, e se vemos o remo torcido, vemos correctamente...; se víssemos o remo direito na água, o nosso sentido da vista estaria deteriorado... Então, então, porque é que sabemos que o remo é direito e não torcido? Resposta simples, meu caro, com olho do espírito-mente sabemos que o remo é direito... Viu (ver é o verbo adequado, perfeito...) como o misticismo é trans-racional e não anti-racional? O pensamento correcto precede sempre, meu caro, a meditação correcta... Que vê (com os olhos do seu espírito-mente) neste meu filosofar acutilante e estonteante? Vê-me a mim (só a mim), aposto singelo contra dobrado, vê-me a mim (só a mim), a desvelar-me muito linda e sábia e sonhadora e enigmática, como convém e é verdade.

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