Ela disse, e diz que não diz?! Mas eu ouvi, garanto!


Eu seja ceguinha de gota serena se não é verdade... Contaram-me, fui ler e nem quero acreditar no incrível poder do alho, será mesmo como escrevem? Oh, vida a minha! Camisa azul vaporosa, calças de ganga em curvas suaves e cabelo ao léu, assim me interpelou deslizando noite adentro (os olhos dela bogalhavam-se em curiosidade fina e luxuriosa alegria) a única fada que, quando sai à rua, faz parar o trânsito... Notícia muito curiosa, penso eu que também fiquei banzado à medida que lia os pormenores, não pude deixar de a provocar; daria, insisti, para pensar, escrever e publicar uma teoria económica bem interessante: o poder do alho. Que lhe parece?! Qual é a sua opinião? Que me diz? Rindo-se a bandeiras despregadas, não disse por menos: meu caro, desta vez estou mesmo de acordo consigo; e se eu não fosse tão cuidadosa com as palavras e tão bem educada, até diria, em jeito brejeiro, que seria uma teoria económica do car*lh*; mas não digo isso, isso não digo, não digo mesmo, claro que não digo, não... Ela disse, e diz que não diz?! Mas eu ouvi, garanto!

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