Como será um futuro joaninha?!
Pois, meu
caro, é verdade que a Yayoi Kusama (minha amiga e minha musa da moda quando me
arranjo com cores) veio em meu socorro durante o sonho turbulento em que ontem
à noite nadei deliciada; ainda bem que (uff, quantas voltas e voltas e voltas) me diverti a encaixar pensamentos soltos e perdidinhos! Olhe só, continuou, como a Yayoi, baralhando esses
pensamentos, projectou em tela o futuro joaninha criado pelo meu cérebro, olhe só! Sonhei tanto, mas tanto e tanto e ainda tanto, meu caro! Também são sugestivas as metamorfoses da minha tartaruga preferida, eu creio que são, pois não são? Ai pois são!...
Sentidos aguçados, olhos grandes brilhantes de vida, coragem e vontade, assim (exclamativa) me
acordou a única fada que garante já ter vivido várias vidas quando a água do
mar, em praia fundeira de santo mártir cristão, se assoma para, com ela descalça, trocar impressões algadas e salgadas... Admito, admito, interrompeu-me o pensamento de mãos a falar, que sempre que activo (em
descanso curioso - curioso de experimentar, meu caro -) os meus olhos de água, sinto o universo aninhado em mim: é isso
que esta tela da Yayoi mostra, pois não é? Um sonho de pensamentos soltos e perdidinhos, perdidinhos? Questionei. Soltos e perdidinhos, sim, assegurou; soltos e perdidinhos (sorriu-se predicada em curvas e perfumada do dia) porque, nesta
minha nova vida perto de si, tudo é um cortejo, um cortejo como o universo, seja, um cortejo
com movimento ondulado, compassado e perfeito... Desnorteado, pensei que o universo esteve a preparar-se quintiliões
de anos (sem um animal e sem uma planta)..., tanta (e tão grande) é a sua perfeição,
sensatez e beleza... Como será um futuro joaninha?!
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