Tudo como dantes, quartel general em Abrantes

Os resultados das eleições para o Parlamento Europeu, em Portugal, não deixam margem para dúvidas: para além de um obtuso e errado número de eleitores (a quem interessa que não se actualizem os cadernos eleitorais?!), o discurso dos principais políticos (e dos comentadores da política) foi mais do mesmo.... Mas seria normal que nada continuasse como dantes, se cinco pormenores tivessem a merecida atenção: a campanha medíocre, a pertinácia de uma minoria votante, a subida da votação na CDU, o esfarelamento do BE e a eleição de Marinho Pinto - eleição que é não só um sinal claro de votação de cansaço e fastio do actual sistema político mas também um sinal de expectativa na actuação de alguém (não comprometido com interesses instalados) capaz de desafios e até de excessos.... Seria normal que nada continuasse com dantes (a derrota estrondosa e a vitória estrondosa são arrufos políticos e não mais do que isso). Seria, pois seria! Mas, em Portugal, as coisas acontecem e é como se não acontecessem, e ainda (tantos anos depois) continua a ser assim:  "tudo como dantes, quartel general em Abrantes".

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