Quadras dedicadas ao dinheiro da CEE (1994)
Mote
Só se fala é em milhões
Cá no nosso Portugal.
Diz-me lá o que se faz
Se por cá tudo vai mal.
I
Vejamos a agricultura
Cada vez mais afundada,
Semeia-se mas não dá nada.
Isto é mesmo uma ternura,
Com uma lei de loucura
Onde não há produções.
Mas não tenham ilusões,
Isto vai acabar mal
Quando não vier capital.
Só se fala é em milhões.
II
Olhem bem pr´á habitação,
Só se fala em construir.
Mas como é que isto pode ir
Sem se vender construção?
Queira o governo ou não,
Com esta lei que é fatal,
Que nunca houve outra igual
Para arruinar o País.
Já não há gente feliz
Cá no nosso Portugal.
III
O ensino, como se sabe,
Está igual a tudo o mais,
Feito por leis imorais.
Por isso é que o povo arde
E que toda a gente sabe
O que ficou para trás.
Mas tu sempre estudarás
Se houver muita união.
Se pensares com razão,
Diz-me lá o que se faz.
IV
E como vai a saúde
Do português pobrezinho?
Vai morrendo devagarinho
Porque é pobre e é rude,
Esperando uma virtude.
Porque não tem capital
Passa os dias por igual
A viver nesta paixão.
Mas eu falo e com razão
Se por cá tudo vai mal.
António Justo das Dores Pereira - 1994 (poeta popular)
Adenda (mensagem recheada de ui!, ui!, ui!)
Adenda (mensagem recheada de ui!, ui!, ui!)
Catrapum, meu caro, catrapum, pum, pum! Caiu a máscara a alguns maduros populistas incompetentes ... Vou ter uma conversa com este seu poeta, quero saber o que ele pensa, ai quero quero, pois quero! Quero saber se em Portugal o sol continuará a ser grátis... Oh vida a minha! Se decidirem pôr parquímetros onde bate o sol, vou-lhes às fuças, ai vou vou, ai isso vou!
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