A sina das eleições

 Eleições europeias 25 maio 2014
Não é difícil concordar com o texto da comunicação do Presidente da República Portuguesa sobre as eleições europeias, calendarizadas para o dia 25 de Maio de 2014. Não, não é difícil... Só que, para se falar da Europa durante a campanha eleitoral, seria necessário que os partidos políticos tivessem alguma ideia original sobre a Europa política, económica e social: que pelo menos tivessem a ideia consolidada de que o futuro de Portugal dependerá muito do que as portuguesas e os portugueses pensarem sobre o funcionamento (ou sobre o não funcionamento) do espaço político da actual União Europeia...; mas os partidos políticos não têm essa ideia, nem consolidada nem por consolidar. Resta aos portugueses: olhar para o seu quotidiano fustigado por uma austeridade insana que compromete o futuro...; e, depois, aceder a plataformas onde possam encontrar informação útil para decidir o seu voto em consciência, contrariando assim a tendência para a abstenção; abstenção que é sintoma claro de degradação do regime democrático... Mas, se os responsáveis políticos (bem como os diferentes candidatos a deputado europeu), em Portugal, pensassem um pouco mais e se, por exemplo, atentassem nas palavras sábias de Zigmunt Bauman - (P. Crê que há algum risco de involução do conceito de unidade europeia? - R. Que 18 países partilhem uma moeda é incrível, a história nunca viu algo assim, mas a sua estrutura está mal desenhada  e assim não durará muito tempo. Estamos num momento de reforma e de transição, a Europa está numa encruzilhada.) -, talvez (quem sabe!) se inspirassem... Que sina!!!

Adenda
Assim se anda nos caminhos da democracia em Portugal: a ideia de "pedir desculpa ao órgão", a ideia de classificar uma reunião de câmara como uma "rapazada" e a ideia de que o presidente de câmara é um "condutor de reuniões", são ideias de mestre da democracia e de mestre da política construtiva da "pátria barrosã"!... Ponto!

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