A bom entendedor...

PISA
Pois sim…, vamos lá falar mais um pouco dos resultados dos estudantes portugueses no PISA 2012. Muitos (sábios e menos sábios) já encontraram as mais interessantes explicações e muito (nunca será de menos) já se tem falado e escrito sobre a evolução dos estudantes portugueses em três domínios fundamentais do estar, do ser e do saber: matemática, leitura e ciência. Tentemos agora (com tempo e com vagar) uma leitura mais fina a partir destes dois gráficos (com cores de identificação diferentes para cada domínio e em cada mapa diferentes)...; desde logo percebemos, sem dificuldade acrescida, que a evolução: foi indiferenciada, que se concentrou entre os anos de 2006 e 2009 e que não existiu melhoria progressiva ou concentrada num ou noutro domínio (ou seja: os resultados melhoraram em todos os domínios, ao mesmo tempo e em proporções idênticas). O que terá acontecido, então, num tão curto espaço de tempo, que possa justificar uma subida (tão repentina e tão imprevisível) dos resultados? Pensemos em três possibilidades. (1)Uma alteração no processo de amostragem (a ter havido (?!), os resultados são fruto dos ingredientes utilizados nessa amostragem, óbvio)? (2) Os efeitos de algumas medidas (sistémicas) de política educativa, desencadeadas e promovidas em anos anteriores ao ano de 2006 (a realização de provas de aferição e de exames que levou a que os alunos aprendessem a "prestar contas", por exemplo)? (3) Uma alteração (...) e os efeitos (...)Urge uma explicação que seja, fundamentada, clara e convincente. A talhe de foice e em jeito de provocação, por mero acaso ainda alguém se recorda que o livro (com um excelente e muito sugestivo título de) "O "Eduquês" em Discurso Directo" foi lançado no ano de 2006 (com pompa e circunstância), criticando (ostensivamente, com rigor e sem dó nem piedade) vários "lugares comuns" da política educativa desenvolvida (e amplamente promovida) em (muitos) anos anteriores?... "Ele há cada coincidência"! A bom entendedor...

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