O eco de um oráculo
Foi assim que ouvi, entendi e registei o eco de um oráculo: “Deus
não gosta de quem quer “saber o que não deve” e de quem “mete o nariz onde não é
chamado"; não gosta de nos dar o saber para depois o colocarmos ao serviço do
mal, como já aconteceu muitas vezes na história da Humanidade. Vamos devagar, o
Universo não pára de se expandir, o planeta onde vivemos, está a fazer a sua
caminhada cósmica e há-de cumprir o seu Destino. É igual ao que acontece com as
pessoas. Por falar em nariz… Há um livrinho muito curioso e cómico intitulado “O
Nariz” de Nikolai Gogol. É muito engraçado. Um nariz decide abandonar o rosto
do seu “dono” e viver autonomamente dele algum tempo…”. Decidido a procurar uma
chave hermenêutica que me permitisse aceder aos sentidos escondidos, e quando já me deliciava numa aproximação a “O Nariz” de Nikolai Gogol, ainda ouvi (garanto mesmo
que ouvi distintamente; eu seja ceguinho de gota serena, se não foi assim que ouvi): “Procure a alegria, levando numa mão a
criatividade e na outra o afecto; se assim fizer, construirá um mundo
fascinante, sempre aberto aos outros e em oferta de alegria.”. A vontade indómita que me ficou, foi a de continuar a esculpir a vida como uma obra de arte, num empenhamento constante pelo melhor, pelo mais belo e pelo mais verdadeiro... Modelando a vida, com engenho e com coragem, e contra a mesquinhez e contra as vistas curtas dos que gostariam de modelar os nossos destinos.
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