20 versões para “Grândola, vila morena"
Cantar e ouvir cantar, nos dias de hoje, "Grândola, vila morena", também deve poder ser entendido: como um grito de alerta contra as injustiças miseráveis e trágicas que atentam contra a dignidade dos cidadãos mais frágeis ou fragilizados; como uma já visível procura activa do tempo perdido do actual regime político; como o recordar do "dia inicial inteiro e limpo, onde emergimos da noite e do silêncio e livres habitamos a substância do tempo" (na belíssima expressão e manifestação poética da nossa imortal Sophia). É importante, por isso, que alguns saibam e não esqueçam que muitos, ao longo dos últimos 40 anos, conheceram, conhecem, sabem cantar e cantam: "Grândola, vila morena". Mas é fundamental que os alguns e os muitos, tenham o discernimento suficiente para perceber que a democracia é um valor fundamental, mesmo quando, em Portugal, é tão difícil que a democracia conviva com a seriedade e com a nobreza de carácter...Quando um dia se fizer a história da Terceira República, estes desgraçados e dramáticos anos, que também devem ser anos de oportunidades novas, estes anos de crise (económica, social e política) terão, de certeza, um lugar de destaque.
Para o bem e para o mal!
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