Lovemap

Language of Love Mind Map Language of Love

John Money, um sexólogo americano, utiliza um neologismo inglês lovemap para designar o conjunto das representações que geram a atracção, a selecção, a escolha e os comportamentos sexuais no cérebro de cada indivíduo. Uma característica interessante é que um lovemap é uma matriz que se constrói no cérebro, não existe à nascença e depende de entradas sensoriais especializadas. Um lovemap existe primeiro como imagem mental, depois nos sonhos e nos fantasmas e só algum tempo mais tarde se traduz num parceiro.
Duas pequenas citações (de um romance e de um sonho) traduzem de forma sublime esta descoberta das neurociências:
 - “Antes de estares na minha pele já estavas no meu cérebro; o teu corpo e o teu rosto estavam ali desenhados num mapa colorido e perfumado que tinha a forma de um coração. Estive muito tempo no mundo com este mapa do coração como viático. Pensei reconhecer-te muitas vezes, mas o coração depressa foi partido pela desilusão…”
- “Como recebi o dom da magia, adormecemos ao mesmo tempo e podemos ficar assim muito tempo, muito quietos, até de manhã cedo.”
Será que os romances e os sonhos são manifestações livres e estéticas dos lovemaps e não querem nada com a química sintética? Claro que não querem, fogem dela a sete pés.
Um dia destes, hei-de escrever sobre a iconografia e a iconologia de um lovemap pessoal e único.
Prometo e quero!

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