O baile

Acontece que a música (a musicalidade, melhor dito), pode ser o elemento essencial na narrativa de um filme:
 - é o caso do “Baile” de Ettore Scola (1983); filme em que com canções da época (e sem diálogos que perturbem a imensa criatividade postural dos actores, à solta num velho salão de baile), se conseguem documentar e visitar cinquenta anos da história da França.
A diferença, a beleza, a graça, a timidez, o grotesco, os tiques, a sedução e a rejeição, perpassam (no início do filme) pela escolha de local e cenários e, depois, pela escolha dos pares e pelos diferentes passos de dança; e onde os espelhos e os corpos são uma presença constante.
A escolha do local e dos actores contribuem decididamente para a realização de um filme no qual os diversos e diversificados perfis psicológicos (femininos e masculinos) são magnificamente retratados pelo enorme talento de Ettore Scola; mas é a musicalidade que, indiscutivelmente, garante a narrativa e suporta a criatividade postural dos actores num ambiente que lhes é favorável.
AQUI podem apreciar-se os primeiros dez minutos de um filme a (re)ver!

Comentários

Mensagens populares