A multiplicidade dos mundos habitados

“Por avanço simultâneo de todos os nossos conhecimentos físicos e biológicos, o que era simples imaginação no tempo de Luís XIV apresenta-se neste momento a nós, no século XX, como a alternativa mais provável, e a grande distância.
Dizendo de outra maneira. Atendendo ao que sabemos agora sobre o número dos “mundos” e a sua evolução interna, a ideia de um só planeta hominizado no seio do Universo já se nos tornou de facto (embora geralmente não o notemos) quase tão impensável como a de um Homem surgido sem relações genéticas com o resto dos animais da Terra.
Em média (e no mínimo) uma Humanidade por Galáxia; isto é: ao todo, milhões de Humanidades disseminadas através dos céus…
Na presença desta multiplicidade prodigiosa dos focos siderais de “vida imortal”, como irá reagir a Teologia para responder à expectativa e às esperanças ansiosas de todos os que desejam continuar a adorar Deus “em espírito e verdade”?...Ela não pode, sem sombra de dúvida, apresentar durante muito mais tempo como única dogmaticamente segura uma tese (a da unicidade da Humanidade terrestre no Universo) de ora avante tornada improvável para a nossa experiência.
Mas então?”
Pierre Teilhard de Chardin 
Nota:
 - Aproveito (a propósito da reacção da Teologia) para deixar uma sugestão: ouvir e comentar a conferência Teologia do corpo proferida, há dois dias, por Peter Colosi.

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