Ideias como ferramentas

"Vou referir duas ferramentas que se usam para compreender produções artísticas. Vou falar do seu desenvolvimento, de como as crianças aprendem a usá-las e de como os significados que proporcionam são, mais sofisticados quando o seu uso é combinado. A primeira é a ideia de expressão. A segunda é o estilo em geral. A expressão corresponde, mais ou menos, à noção de que uma produção artística personifica e expressa de certa maneira um sentimento ou emoção, uma ideia que herdámos do século XIX. Muitas vezes o sentimento é considerado como o do artista, embora este aspecto não seja necessário. A noção de expressão faz com que seja possível apreciarmos uma série de qualidades e significados que são essenciais a muitas obras de arte."
(Michael Parsons)

Num artigo famoso "From Endpoints to Repertoires" (1988) contesta-se uma ideia corrente sobre o desenvolvimento do desenho. Discorda-se do ponto de vista de que o desenvolvimento do desenho se processa de um modo linear em direcção a um fim natural e argumenta-se que não existe um único ponto de chegada. Por isso, os desenhos infantis não se desenvolvem através de fases previsíveis e um dos autores (D. Wolf), por exemplo, distingue entre sistemas de desenhos que as crianças adoptam quando fazem desenhos a lápis em forma de saltos, marcando o papel nos sítios onde aterra o lápis e falando ao mesmo tempo sobre um coelho. A este género de desenho deu o nome de sistema gestual de representação....

Consulte-se, pelo interesse que pode ter: Art and art in Early Childhood e, depois e quando houver tempo, talvez seja interessante revisitar "From Endpoints to Repertoires".

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