Selecção natural...e representação


Será que poderemos explicar a nossa capacidade de representar os objectos (a intencionalidade) não recorrendo apenas a relações causais naturalistas? Joelle Proust tenta demonstrar que o computacionalismo – segundo o qual os nossos pensamentos têm algo de comum com um programa – é excessivamente impreciso.
Analisa, criticando-a, a teoria de Drestke (que constrói a função da representação a partir da noção de informação depois da aprendizagem). Estuda as teorias que reconstroem, de forma não finalista, a noção de função: quer como uma disposição que produz um efeito de vantagem selectiva quer como tendência para causar este efeito.
E, assim sendo, para que as representações correspondam aos objectos do mundo exterior e não apenas a sensações, é necessário ser capaz de corrigir as discordâncias entre as modalidades sensoriais (o som e a visão, por exemplo), as quais tornavam incoerente esta identificação. E, partindo da confirmação desta capacidade de correcção em alguns animais, Joelle Proust considera a existência de um grau mínimo de intencionalidade.
Um ensaio nada fácil sobre a representação!

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